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Saturday 12 March 2011

À Alice



Menina pequenina com cara de boneca
Olhos azuis irresistíveis por baixo da franja,
Dois pézinhos irrequietos à procura do mundo.
As nossas tardes de dãobalalão
Em cima do mundo insuflável
Saltos e piruetas e depois palmas e uma vénia
À medida do seu mundo: pequenino... mas imenso!
Cheio de tudo aquilo que ainda está por descobrir.
À Alice: menina grande, com cara de menina linda
Com os mesmos olhos azuis irresistíveis por trás dos quais
Ainda se vê a mesma irrequietude que lhe dançava nos pés.
Agora de longos cabelos lisos, voz firme e decidida
Sincera, desarmante, que procura e quer saber mais
Que sabe já que o mundo não é insuflável
Que conhece já muitas coisas desse mundo
mas anda ainda à procura dos animais selvagens,
desses que vivem livres e longe,
algures onde chitas e tigres e leões e zebras
convivem numa estranha harmonia
que a Alice quer conhecer.