Voltar à terra e dela beber os perfumes do amor.
Deixar-me enebriar com o mel e as estevas,
as claras planícies,
as
doces montanhas,
as noites escuras cheias
de estrelas.
Acreditar no pulsar
forte que me leva
vida fora no mesmo
intuito
a felicidade cada vez
mais simples,
mais aberta e resistente
aos ventos,
à humidade dos charcos,
à crestação dos
solos,
ao vazio do depois.
E quando o desconsolo e
a dúvida me assaltam,
acreditar na verdade
quente de um abraço,
de uma lágrima salgada
pelo rosto,
de uma palavra dita a
rir.
Que este seja o meu
propósito e que alto fale aos outros,
Inequívoco como um
badalar de sino,
como um pôr-de sol,
como o cantar de um
galo.
2 comments:
Calculava que tinhas alma de poeta..
Às vezes os poetas vivem demasiado no tempo imaginário... só agora vi que tinhas comentado :-)
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